Você sabia que no Brasil, a licença paternidade ainda é de apenas cinco dias para a maioria dos pais? Isso mesmo. Enquanto o mundo avança rumo à paternidade ativa, por aqui o direito dos pais ainda engatinha. E essa defasagem impacta não só os pais, mas toda a estrutura familiar e social. Neste artigo, vamos explicar o que é a licença paternidade, mostrar como ela evoluiu no Brasil e revelar os países que são referência nesse direito. Prepare-se para entender por que esse tema está ganhando força e como ele pode transformar o futuro da parentalidade!
O que é licença paternidade?
A licença paternidade é um período legalmente garantido em que o pai pode se ausentar do trabalho após o nascimento ou adoção de um filho, sem prejuízo do salário. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 estabeleceu esse direito, inicialmente com uma duração de cinco dias corridos. Posteriormente, com a criação do Programa Empresa Cidadã, esse período pode ser estendido para até 20 dias, desde que a empresa esteja cadastrada no programa e o pai participe de atividades de orientação sobre paternidade responsável .
A evolução da licença paternidade no brasil
Historicamente, a licença paternidade no Brasil começou com apenas um dia de afastamento, previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943. Com a Constituição de 1988, esse período foi ampliado para cinco dias. Apesar disso, a legislação ainda carece de regulamentação definitiva, o que levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a determinar, em 2023, que o Congresso Nacional tem 18 meses para legislar sobre o tema.
Licença paternidade ao redor do mundo
A duração e a remuneração da licença paternidade variam significativamente entre os países:
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Suécia: Oferece 480 dias de licença parental compartilhada, com remuneração de 80% do salário nos primeiros 390 dias. Cada genitor tem direito a pelo menos 90 dias exclusivos Apolitical.
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Islândia: Desde 2021, pais e mães têm direito a 12 meses de licença, divididos igualmente, com pagamento de 80% do salário Folha de S.Paulo.
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Coreia do Sul: Concede 10 dias de licença paternidade com salário integral, seguidos por um ano remunerado a 80% nos primeiros três meses e o restante a 50% Folha de S.Paulo.
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Japão: Permite que pais e mães fiquem com seus filhos até que eles completem um ano, a depender da empresa e do contrato de trabalho do pai, recebendo de 50% a 67% dos salários Folha de S.Paulo.
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França: Oferece 25 dias de licença paternidade, que podem ser fracionados, com remuneração equivalente ao rendimento diário até um limite máximo .RFI
Esses exemplos mostram uma tendência global de valorização da presença paterna nos primeiros meses de vida da criança.
O futuro da licença paternidade
No Brasil, a discussão sobre a ampliação da licença paternidade está em pauta. Movimentos sociais, organizações e empresas têm se mobilizado para promover mudanças na legislação. Uma pesquisa realizada em 2024 revelou que 82% dos pais desejam uma licença estendida, sendo que 34% deles reivindicam um período superior a 21 dias, enquanto 26% anseiam por uma licença de 120 dias ou mais.
A expectativa é que, com a regulamentação determinada pelo STF e a crescente conscientização sobre a importância da presença paterna, o Brasil avance rumo a políticas mais justas e igualitárias nesse aspecto.
A licença paternidade não é apenas uma questão de dias afastado do trabalho. É sobre presença real, vínculo, saúde emocional e justiça social. Países que entenderam isso saíram na frente, enquanto o Brasil ainda precisa vencer resistências culturais e legislações antiquadas. O avanço virá com pressão social, políticas públicas bem estruturadas e empresas conscientes do seu papel. Entender o que é a licença paternidade e como ela está evoluindo no mundo é o primeiro passo para sermos agentes dessa mudança. Porque ser pai vai muito além do biológico — é também estar presente desde o primeiro choro.
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