É preciso saber lidar com a carreira de maneira saudável, principalmente nos dias de hoje com tantas mudanças no mercado de trabalho. No entanto, não podemos negar que algumas situações podem afetar expressivamente a qualidade de vida dos trabalhadores. Pensando nisto e na campanha Setembro Amarelo, preparamos este artigo com os principais sinais de depressão no trabalho.
Pressão por excelentes resultados – muitas vezes resultados que fogem da realidade –, rotinas extremamente exaustivas, e a necessidade de mostrar melhorias no desempenho são alguns fatores que geram estresse aos profissionais, podendo causar até mesmo a depressão.
Lidar com a carreira de forma saudável não tem sido uma tarefa fácil, e cada vez mais exige uma capacidade de administrar melhor o tempo, as relações e a pressão por resultados. É neste contexto que o estresse surge e toma conta da rotina de muitos profissinais.
A depressão no trabalho é considerada a segunda maior causa de afastamento do trabalho. Pensando nisto, preparamos este artigo para você. Confira o que você irá aprender aqui:
- O que é a campanha Setembro Amarelo
- O que é depressão no trabalho
- Sinais de depressão no trabalho
- O que fazer ao identificar os sinais?
Boa leitura!
Entenda sobre a campanha: Setembro Amarelo
Em resumo, todos os anos são registrados cerca de 12 mil suicídios no Brasil, e mais de um milhão no mundo. Uma triste realidade, principalmente entre os jovens.
E desde 2014 a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) organiza a campanha Setembro Amarelo no Brasil. Sendo que o dia 10 de setembro é considerado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Além disso, estima-se que a maior parte dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais, e em primeiro lugar entra a depressão.
O principal objetivo da campanha é de prevenir e reduzir estes números. Além disso, procura-se conscientizar as pessoas sobre o suicídio. Trata-se do mês de valorização da vida.
O que é depressão no trabalho?
Antes de começarmos a falar sobre a definição de depressão no trabalho, precisamos entender o que é depressão de maneira geral.
Os quadros de depressão variam de intensidade e duração. Bem como podem ser classificados em três diferentes graus: leves, moderados e graves.
A depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente. Diferencia-se de uma tristeza profunda por tempo de duração. Ou seja, é preciso diferenciar o que é tristeza de depressão. Nem todas as pessoas que estão tristes são, necessariamente, diagnosticadas com depressão. No entanto, cabe lembrar, que todas elas merecem sua devida atenção para que o caso não agrave.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), atente-se aos critérios diagnósticos:
“Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é humor deprimido ou perda de interesse ou prazer.
1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias
2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta
4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias.
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias.
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os dias.
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias
9. Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.”
DSM-V
Mas, e a depressão no trabalho?
Com o mercado de trabalho cada vez mais instável e competitivo, as pessoas se queixam ou de falta de trabalho, ou sobre o medo que tem de perdê-lo. Bem como se queixam sobre as pressões aos quais se submetem para preservá-lo.
São tempos estranhos e que causam sentimentos negativos em parte dos profissionais.
Ainda podemos citar o estresse ocupacional geralmente ocasionado por cobrança excessiva de metas e conflitos que existem nas relações de trabalho.
E por mais que não podemos afirmar que o trabalho é a causa exclusiva da depressão, já que há outros fatores que desencadeiam a doença (como fatores genéticos, biológicos e psicossociais), o trabalho pode ser considerado um dos fatores de risco e que contribuem para o início da doença ou o agravamento da mesma.
Uma das formas de reverter este quadro é o conhecimento e a identificação dos sinais de depressão no trabalho. Confira quais são os principais no próximo tópico.
Sinais de depressão no trabalho
O ambiente de trabalho tende a exigir muito da maioria dos profissionais. As demandas, os prazos curtos, as grandes decisões e os projetos podem fazer com que o profissional se submeta a jornadas de trabalho exaustivas. E até mesmo se sinta ansioso com relação ao que precisa ser feito.
A depressão é considerada uma doença multifatorial. Ou seja, pode ser desencadeada por uma série de fatores, inclusive na presença de um ambiente de trabalho estressante.
Este ambiente envolve o clima organizacional desagradável ou ambientes negativos. Entre eles, podem ser ocasionadas por causas externas ou internas de uma má gestão, por exemplo.
Entre as principais situações, estão as mudanças de comportamentos nos colaboradores. Aspectos como desempenho e o relacionamento interpessoal podem sofrer mudanças consideráveis.
Pensando nisto, separamos uma lista de sinais para te ajudar a identificar a presença de depressão no trabalho. Confira a seguir.
- Insatisfação crônica com o ambiente de trabalho ou com as atividades desempenhadas;
- Cansaço excessivo;
- Picos de alegria seguidos de picos de insatisfação;
- Lentidão na tomada de decisão;
- Indecisão que antes não existia;
- Reclusão e introspecção;
- Irritabilidade ou agressividade com os colegas;
- Dificuldade de concentração;
- Falta de motivação, mesmo sendo estimulado;
- Diminuição expressiva na produtividade;
- Dificuldade em se relacionar com os colegar ou com os líderes;
- Tristeza constante e profunda.
O que fazer ao identificar os sinais?
Há alguns anos – e, infelizmente, mesmo na atualidade – existia um tabu em relação às doenças psiquiátricas. Muitas pessoas e empresas não reconheciam a gravidade, e enxergavam a depressão no trabalho como uma tristeza ou falta de interesse.
Felizmente, este cenário está mudando cada vez mais. E para começar, é preciso identificar os sinais. Ao identificar os sinais, seja em você ou nas pessoas ao seu redor, é preciso que o RH seja avisado, e em seguida é preciso buscar apoio profissional.
Muitas empresas já disponibilizam profissionais especializados. Não é necessário mais passar por isso sozinho.
Portanto, o primeiro passo é obter tratamento para que o quadro não seja agravado. O segundo passo é contar com o apoio de colegas de trabalho e da família. Bem como é preciso estabelecer metas.
É claro que, em alguns casos de depressão a medicação e o aconselhamento são benéficos. No entanto, eles só surtirão efeito se o paciente tomar consciência e estiver disposto a combater a depressão.
Para estimular ainda mais os efeitos benéficos da terapia, é preciso manter hábitos saudáveis como o exercício físico regular, uma alimentação equilibrada, dormir bem e reduzir eventos estressores no trabalho.
Converse com o seu gestor e faça-o entender que você precisa de apoio neste momento para continuar a executar suas atividades.
Em conclusão, cuidar da saúde física e mental é um investimento para toda a vida. Ao perceber os sinais, procure ajuda e não deixe de ajudar quem está do seu lado.
Sinais de depressão no trabalho: identificando e compreendendo
Identificar sinais de depressão no trabalho pode ser desafiador, especialmente porque muitas vezes esses sinais são confundidos com o estresse ou cansaço comum do dia a dia. No entanto, a depressão no ambiente de trabalho é uma realidade que afeta milhares de profissionais e pode ter consequências graves se não for reconhecida e tratada a tempo.
Entre os sinais mais comuns está a insatisfação crônica com o ambiente de trabalho ou as tarefas desempenhadas. O profissional que antes era engajado e produtivo começa a demonstrar desinteresse e frustração constante, o que pode ser visto como “desmotivação” por colegas e superiores. Além disso, o cansaço excessivo que não melhora mesmo após períodos de descanso é um alerta importante. A pessoa pode começar a chegar atrasada, pedir licenças frequentes ou até mesmo não conseguir completar as tarefas diárias.
Outro sinal crítico é a mudança abrupta de comportamento. O profissional que era sociável e colaborativo pode se tornar recluso, introspectivo ou, em alguns casos, agressivo com colegas. Essa mudança pode ser acompanhada de dificuldade de concentração e lentidão na tomada de decisões, afetando diretamente a qualidade do trabalho. A tristeza constante e profunda, que pode se manifestar através de choros frequentes ou pessimismo, também é um indicativo de que algo não está bem.
Esses sinais, quando ignorados, podem evoluir para um quadro mais grave de depressão, com risco de afastamento do trabalho ou até mesmo pensamentos suicidas. Por isso, é fundamental que gestores e colegas estejam atentos a essas mudanças e intervenham de maneira adequada e humanizada.
Como apoiar colegas e promover a saúde mental no trabalho
Promover a saúde mental no ambiente de trabalho é uma responsabilidade compartilhada entre gestores e colaboradores. Quando alguém demonstra sinais de depressão, o primeiro passo é abordar o assunto com sensibilidade. Muitas pessoas ainda se sentem envergonhadas ou com medo de falar sobre seus problemas emocionais no trabalho, por isso, é essencial criar um ambiente de confiança e apoio.
Se você perceber que um colega está passando por dificuldades, ofereça sua ajuda de maneira discreta e respeitosa. Uma simples conversa para perguntar como a pessoa está se sentindo pode fazer uma grande diferença. Além disso, incentive-o a buscar ajuda profissional, lembrando que muitas empresas já oferecem programas de suporte psicológico como parte de seus benefícios. Reforçar que ele não está sozinho e que o apoio está disponível é crucial.
Gestores também desempenham um papel vital na promoção da saúde mental. Implementar programas de bem-estar que incluam palestras sobre saúde mental, sessões de mindfulness, ou até mesmo flexibilização de horários, pode aliviar a pressão e o estresse dos colaboradores. Além disso, promover uma cultura de feedback positivo e reconhecimento pode aumentar a autoestima dos profissionais e reduzir o risco de depressão.
A comunicação aberta é fundamental. Os colaboradores devem sentir que podem expressar suas preocupações sem medo de represálias. Empresas que valorizam a saúde mental de seus funcionários não só contribuem para o bem-estar individual, mas também criam um ambiente de trabalho mais produtivo e harmonioso.
Por fim, lembre-se de que pequenos gestos podem ter um grande impacto. Um simples “estou aqui para o que precisar” pode ser o ponto de virada na vida de alguém que está lutando com a depressão.
O conhecimento não para por aqui
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